Contrastes de uma Mesma Arquitetura

novembro 21, 2011

Ontem enquanto me divertia lendo a parte ilustrada da folha (minha preferida), me deparei com uma manchete que atraiu muito a minha atenção, e logo saberão porque, a manchete era: "Arquitetos fazem prédios, mas não sabem fazer cidades",  agora meus leitores já devem até imaginar no que eu pensei não? Aliás o nome do blog já é bem sugestivo e penso que vão acertar em cheio, pois imaginei na hora a situação das cidades em relação a acessibilidade, as rampas mal feitas que mais parecem buracos das quais eu tanto falo e toda a infinidade de obstáculos do dia-a-dia. 

Pois bem, rapidamente fui ler o texto da  tão atrativa manchete pra conferir se em algum ponto eles tratavam dessa questão acessibilidade (Será que estavam pensando no que eu estava pensando?), mas, infelizmente não era o foco, o texto na verdade tratava do Seminário de Arquitetura que está acontecendo em São Paulo e ainda fazia uma crítica as ruas das cidades brasileiras utilizando de citações de Paul Goldberger, escritor do livro: A Relevância da Arquitetura e crítico numa revista desse meio. Talvez a questão acessibilidade até estivesse implicita no assunto da matéria, mas enfim não era o destaque, então resolvi aproveitar a deixa e trazer logo o assunto para ser discutido aqui no Vivência.

No nosso dia a dia a Brasil afora nos deparamos com cada construção belíssima, principalmente em grandes centros, é tanta estrutura detalhada, escadarias de mármore, vidros pra todo lado que tem hora que a gente fica tentando imaginar como é que foi feito tudo aquilo e é estranho pensar que num país com tantos bons arquitetos ainda carecemos de acessibilidade, principalmente nas ruas. Afinal por que deixar bonito se o belo não "enche a barriga" do cidadão? E do que adianta tanta beleza quando a acessibilidade num é lá essas coisas? 

O que a gente quer, e não digo apenas cadeirantes, mas gestante idosos, pessoas que utilizam muleta...enfim todos! É poder passear pelas ruas livremente, ir tomar um sorvete sem se enroscar ou tropeçar por aí,  afinal ir e vir é direito, está na nossa constituição,se bem que hoje em dia isso não quer dizer muito, mas estando descrito na lei ou não isso deveria ser óbvio.  Porém, o que acontece é que vivem oferecendo caviar quando o que a sociedade realmente necessita é o bom e velho arroz com feijão, realmente muito estranho como as coisas funcionam, a estética é perfeita mas o conteúdo é realmente de entristecer.





Até a próxima!

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4 comentários

  1. Adorei Dayane!!!! Parabénnss!
    Seu texto está ótimo, me deu prazer le-lo do começo ao fim. Gostei da foto escolhida tbm (tá perfeita).
    E gostei tbm do fato de vc deixar claro a questão da acessibilidade, que não engloba apenas cadeirante, mas uma questão muito mais ampla né?!!!: como os IDOSOS, que muuuitos tem dificuldades para se locomover, é verdade! Vivo isso em casa, tem uma idosa aqui com "n" problemas, inclusive a acessibilidade.
    Parabéns mesmo! Que fique o alerta então para os Arquitetos e suas Obras.
    Beijusssssss

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  2. Q lindo q ficou seu texto...lindo nao perfeito!Agora tem q fazer chegar ao "desenteressados sobre o assunto",akeles que constroi e nao pensam q um dia todos nos precisaremos de acessibilidade. O q falta eh se colocarem no lugar dos outros, e isso nao serve para um unico momento da vida nao, devemos observar cada segundo e cada detalhe!Fica a dica: Todos seremos idosos um dia!!!
    Bjinhus minha kerida e sucesso!

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  3. Obrigada pessoal, adoro a presença de vocês aqui participando e discutindo.

    Voltem Sempre!

    Abraço forte.

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