Mas e aquele caminhar?

dezembro 17, 2011

Bom, todo mundo sabe que o caminhar de uma mulher sempre foi uma de suas maiores armas de conquista,  isso é algo marcante e único, o caminhar pode revelar muito sobre uma mulher, aliás, já dizia Tom Jobim em garota de ipanema: "Olha que coisa mais linda mais cheia de graça é essa menina que vem e que passa num doce balanço a caminho do mar..." . Mas então e a mulher cadeirante como fica nisso? Bom, não é a primeira vez que trato deste assunto por aqui, inclusive já escrevi até um poema sa respeito--> (POEMA), porém, nem sempre eu fui assim tão bem resolvida nesse aspecto.

Antes de começar a namorar, lá no começo da minha adolescência, esse negócio do caminhar me preocupava um pouco e confesso que até no início do namoro mesmo as vezes eu pensava: "Mas, ele nunca vai poder me admirar pelo requebrado", "Nunca me ver aí desfilando no salto e nunca vai ter chance de se encantar com isso em mim", e adivinhem só...  me surpreendi, e aprendi que tudo pode ser compensado e foi aí que surgiu aquela frase do meu poema que alguns já conhecem: "Um olhar bem dado dispensa qualquer requebrado!". Engraçado é que tenho comprovando isso cada vez mais, hoje mesmo quando eu estava indo até a sala meu namorado, me olhou, parou e disse: 
- Olha o seu jeitinho rodando as rodas de mansinho pra entrar na sala.
Parei e falei: - Como assim eu nunca venho devagar?
E ele: - Na maioria das vezes você vem embalada.

Na hora pensei, ta aí, ele analisa meu caminhar, aliás, ELE ANALISA MEU DESLIZAR SOBRE RODAS!   pode parecer bobeira, mas, isso pra mim, foi algo incrível, é muito legal ver como tudo se adapta sem que a gente se preocupe. Cada vez tenho uma maior noção que na verdade eu nunca perdi nada quando me tornei cadeirante, nem mesmo o meu "caminhar" feminino, as coisas podem se tornar diferentes do comum, mas isso não quer dizer que vão piorar, afinal, se fugir a regra fosse tão catastrófico assim, canhotos jamais escreveriam.

Ainda bem que me dei conta de que tudo aquilo que eu pensava não passava de uma neura, um preconceito bobo comigo mesma, mas hoje chego a conclusão que mulher que é mulher não perde aquele seu encanto, e aquela magia que só ela tem, afinal todas temos nossas características marcantes e não é uma cadeira de rodas que vai mudar isso.

E um dia quem sabe não criam uma versão de garota de ipanema para as cadeirantes, já pensou: "Olha que coisa mais linda mais cheia de graça, é essa menina que vem e que passa, num doce deslize a caminho do mar...". Eu adoraria essa brincadeira hein. Olá compositores! hehe.




Até a próxima!

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3 comentários

  1. Adorei cunhadinha!!!Bem observado(Parabens Sr. Bruno) e MT Bem dito(Day). Querida vc esta de PARABENS com seu blog e com sua coluna no jornal!!!Bjinhus

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  2. Ola tudo bom pessoal nossa gostei pra caramba da materia bom eu quero dizer q tbm sou CADEIRANTE so Homem tenho 20 anos e se interessar trocar uma ideia melhor sobre experiencias de vida q seria muito bom MSN leandrobelles@gmail.com adc la so pra bater um papo.
    E mais uma vez parabéns mesmo pelo blog.falo abraço pra todos.

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