Ontem estava eu, aqui no sossego de minha casa, assistindo jornal nacional quando ouço a Fátima Bernardes soltar a seguinte frase: "Cadeirante acusa delegado de agressão no interior de São Paulo"
Nesse momento, juro, que me senti cutucada e com vontade de invadir a globo e parar aquela jornal naquela hora mesmo.Meu Deus!Porque ainda insistir em ressaltar UM CADEIRANTE isso me soa como: "ET acusa delegado de agressão no interior de São Paulo" , por acaso o cara deixou de ser homem depois que se tornou cadeirante? Quando as pessoas vão se dar conta que a gente não deixa de ser gente quando se torna cadeirante?
Acho que pior ainda é esta frase ter vindo de uma rede de televisão como a globo que vive anunciando a igualdade a mundos e fundos e de repente faz isso, poxa, porque não anunciar como qualquer outra pessoa, pela profissão, por exemplo, como é comum no jornalismo, tão simples, na própria matéria foi citado que o cara era advogado, então porque não dizer: "Advogado acusa delegado de agressão no interior de São Paulo". Depois que entrou a matéria, e a repórter começou a falar: "o advogado Anatole Morandini... até fiquei um pouco feliz pensando que ao menos essa sabia a forma de tratar as pessoas, mas daí ela continuou: o Advogado Anatole Morandini QUE É CADEIRANTE. Pensei é realmente a televisão não aprendeu a tratar as pessoas sem diferenciar.
No entanto, como pensei, vocês, caros leitores podem me falar: Mas você senhorita Dayane, também cita em suas postagens: Um cadeirante..., tudo bem eu sei, mas acontece que meu blog é específico para isso e por isso nomeei: "Vivencia Sobre Rodas", meu objetivo é mostrar a vida do cadeirante em um olhar de uma cadeirante, agora se eu tivesse um blog mais geral é claro que eu não ficaria diferindo desta forma.
Bom é isso que eu precisava imensamente desabafar.
Até a próxima!