Vivência sobre rodas: 2011

Pra se aventurar

Moto-Triciclo para Cadeirantes dezembro 28, 2011

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Bom, todo mundo sabe que o caminhar de uma mulher sempre foi uma de suas maiores armas de conquista, isso é algo marcante e único, o caminhar pode revelar muito sobre uma mulher, aliás, já dizia Tom Jobim em garota de ipanema: "Olha que coisa mais linda mais cheia de graça é essa menina que vem e que passa num doce balanço a caminho do mar..." . Mas então e a mulher cadeirante como fica nisso? Bom, não é a primeira vez que trato deste assunto por aqui, inclusive já escrevi até um poema sa respeito--> (POEMA), porém, nem sempre eu fui assim tão bem resolvida nesse aspecto.

Antes de começar a namorar, lá no começo da minha adolescência, esse negócio do caminhar me preocupava um pouco e confesso que até no início do namoro mesmo as vezes eu pensava: "Mas, ele nunca vai poder me admirar pelo requebrado", "Nunca me ver aí desfilando no salto e nunca vai ter chance de se encantar com isso em mim", e adivinhem só... me surpreendi, e aprendi que tudo pode ser compensado e foi aí que surgiu aquela frase do meu poema que alguns já conhecem: "Um olhar bem dado dispensa qualquer requebrado!". Engraçado é que tenho comprovando isso cada vez mais, hoje mesmo quando eu estava indo até a sala meu namorado, me olhou, parou e disse:

- Olha o seu jeitinho rodando as rodas de mansinho pra entrar na sala.

Parei e falei: - Como assim eu nunca venho devagar?

E ele: - Na maioria das vezes você vem embalada.

Na hora pensei, ta aí, ele analisa meu caminhar, aliás, ELE ANALISA MEU DESLIZAR SOBRE RODAS! pode parecer bobeira, mas, isso pra mim, foi algo incrível, é muito legal ver como tudo se adapta sem que a gente se preocupe. Cada vez tenho uma maior noção que na verdade eu nunca perdi nada quando me tornei cadeirante, nem mesmo o meu "caminhar" feminino, as coisas podem se tornar diferentes do comum, mas isso não quer dizer que vão piorar, afinal, se fugir a regra fosse tão catastrófico assim, canhotos jamais escreveriam.

Ainda bem que me dei conta de que tudo aquilo que eu pensava não passava de uma neura, um preconceito bobo comigo mesma, mas hoje chego a conclusão que mulher que é mulher não perde aquele seu encanto, e aquela magia que só ela tem, afinal todas temos nossas características marcantes e não é uma cadeira de rodas que vai mudar isso.

E um dia quem sabe não criam uma versão de garota de ipanema para as cadeirantes, já pensou: "Olha que coisa mais linda mais cheia de graça, é essa menina que vem e que passa, num doce deslize a caminho do mar...". Eu adoraria essa brincadeira hein. Olá compositores! hehe.

Até a próxima!

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E no comércio...

acessibilidade no comércio dezembro 14, 2011

Olá pessoal querido que sempre gastam um tempinho pra ver o que a dona Day escreve.

Vocês bem sabem que eu costumo desaparecer, na verdade não gosto muito disso, se pudesse estaria sempre aqui, mas, sempre o problema é a correria com a faculdade, ou a falta de inspiração, engraçado que eu fico toda empolgada pra chegar as férias e penso... Ufa! Vou ter tempo pra escrever, aí parece que tudo se apaga, o tédio toma conta e nada vai, acredito que seja tudo psicológico mesmo, vai entender essa natureza humana.

Pois bem, então estava eu aqui em casa sem muita coisa pra fazer de frente ao facebook (preste atenção na inutilidade da pessoa) e falando com meu namorado (deixei esse trecho pra depois pra ele não pensar que faz parte da inutilidade, te amo viu morzinho!), então minha mãe resolveu me chamar pra dar uma volta no centro de Mogi, pensei eu vou, passeio quem sabe me inspiro, bom na verdade nem sei se pensei nessa parte de inspiração, mas enfim fui, comprei presentinhos, presenciei mais uma vez a indecisão da minha mãe na hora de comprar roupas, enfim nesse entra e saí de loja eis que eu já começo ligar minhas antenas de acessibilidade e vocês não tem noção da quantidade de lojas sem rampa em pleno século XXI, é inacreditável, mas parece que só quem repara mesmo é quem passa pelas dificuldades, as calçadas então nem queiram imaginar, de vez em quando a prefeitura até resolve fazer uma rampa, mas daquelas que mais parecem uma armadilha sabem? As rodinhas sempre enroscam.

O que eu acho estranho é que tem lojas que frequento há bastante tempo, cidade pequena sabe como é, todos se conhecem, o dono da loja está ali na frente os vendedores também, vêem minha mãe levantando a cadeira pra subir o degrau, mas, parece que nem passa pela ideia que o lugar precisa de uma rampa, em alguns lugares até reinvidiquei mas acaba não dando em nada. Portanto, eis que chega mais um final de ano sem que as coisas mudem, só queria que os comerciantes tivessem noção do tanto de clientes portadores de necessidades especiais que eles perdem a cada ano.

Até a próxima.

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Deficiência não é carência

Cadeirante dezembro 09, 2011

Olá Galerinha.

Hoje eu resolvi vir tratar de um assunto que atormenta muitos cadeirantes e outros portadores de necessidades especiais. É que na nossa condição, as vezes é comum acabarmos por receber maiores cuidados, e não acho isso ruim, afinal nós precisamos sim de cuidados específicos, precisamos de adaptações como rampas, etc, mas isso não quer dizer que as outras pessoas também não precisem, afinal pra se viver em harmonia numa sociedade todos devem receber assistência conforme suas necessidades (Era pra ser) .

O que acontece é que tem muita gente que acaba se confundindo um pouco com isso e termina por enxergar um portador de necessidade especial como alguém de um nível inferior e estes são vistos como carentes e não é sobre carência de acessibilidade, até mesmo porque neste ponto, eu assumo que somos carentes, o problema está quando as pessoas acabam por colocar o deficiente como um "pobrezinho", uma pessoa incapaz de realizar suas atividades diárias normalmente. Estas mesmas pessoas acabam desenvolvendo um sentimento de pena: "coitadinha, tão bonita e assim" é uma das frases que já ouvi milhares de vezes. E acho que o que me incomoda não é a frase em si, mas o fato de ainda existirem pessoas tão atrasadas.

É claro que o fato de os deficientes serem vistos como carentes financeiros, por exemplo, tem a ver sim com a realidade, afinal é alarmante o número de portadores de deficiência em péssimas condições financeiras, seria hipocrisia demais falar que deficiência não gera altos gastos, uma pessoa que sofreu uma lesão medular, por exemplo, necessitará de uma cadeira de rodas confortável, bons tratamentos médicos incluindo muitas sessões de fisioterapia, sem contar com os equipamentos para reabilitação, adaptação e medicamentos, afinal sabemos muito bem que o nosso SUS não dá conta de tudo isso, eu falo com total certeza vi isso de perto, são filas e mais filas pra receber qualquer tipo de equipamento ortopédico, é só dar uma passadinha no setor de órteses e próteses na Unicamp que vocês poderão comprovar o que estou falando, é uma causa seríssima sim, mas não podemos generalizar e achar que todo deficiente vive pedindo esmola.

Não queremos ser vistos como coitadinhos, indefesos e vítimas da vida, já passou da hora das pessoas acordarem, chega de olhar o "carinha" deficiente que trabalha num escritório como um "ajudado pela empresa". "Nossa que pessoas legais estão dando oportunidade para aquele coitado", não é assim que as coisas devem ser, o que deve ser analisado é o potencial de cada um, e acho que a princípio a lei de cotas de portadores de necessidades especiais nas empresas foi criada com este intuito, ninguém está fazendo favor, afinal inclusão não é caridade, é direito!

Espero que aos poucos essa história mude e como eu sempre digo, não deve existir melhor remédio do que a naturalidade, e a mídia pode ajudar muito nisto, é claro que sempre a primeira novela ou primeira propaganda com um deficiente será impactante, mas a ideia é que as pessoas se acostumem e de repente Puff! Já não vai ser novidade pra ninguém, otimismo demais? Pode até ser, mas só por enquanto.

Até a próxima!

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De blogueira a colunista

acessibilidade dezembro 03, 2011

Olá!

Ufa, passou a semana tumultuada, agora só falta uma prova e finalmente férias! Ótimo eu já tava entrando em parafusos.

Bom, pra finalizar bem a semana venho compartilhar uma notícia com vocês, que na verdade já estava encaminhada mas só deixei pra contar quanto tive a certeza de que aconteceria e também porque eu adoro deixar as pessoas curiosas, hehe, mulher escorpiana é sempre assim, cheia dos mistérios, mas, vamos a notícia, é que hoje dia 03 de dezembro de 2011 eu passo a ser colunista do jornal mogimiriano O Popular, pois é o vivência sobre rodas expandiu e agora eu passo a ocupar uma folhinha impressa \o/.

Estou extremamente feliz com essa conquista, era mesmo inesperado, o convite ocorreu durante aquela entrevista que até comentei aqui, onde fizeram uma matéria sobre meu ensaio fotógrafo com o Thiago Melo e sobre o blog, estão lembrados? Segue o link ----> Popularizando

Pois bem, papo vai, papo vem e para o meu espanto a Vanda perguntou se eu não queria entrar pra o time dos colunistas, na hora fiquei insegura, até porque escrever pra um blog é bem diferente é quase que um diário mesmo e também não abrange tantos leitores, escrever pra um jornal me parecia um desafio e tanto, não sou jornalista nem pretendo e nem tenho o dom da escrita, faço o que posso aqui no Vivência e no Ponto de Vista ( meu outro blog), porém a Vanda deu a maior força disse que era isso mesmo que ela buscava, família e namorado também deram um empurrão e então eu aceitei.

A coluna será publicada quinzenalmente e diferente do Vivência Sobre Rodas, meu foco não vai ser a vida de um cadeirante e acessibilidade, vou tratar de assuntos gerais, mas é claro, que os leitores sempre poderão encontrar a minha marquinha de defensora de um mundo mais acessível. Tentarei ser bem direta com o leitor, construir um diálogo mesmo, quero sentir essa troca e é por isso mesmo que a coluna leva o nome de "Encontro de Ideias", afinal tinha tudo a ver com meu objetivo. Acho que por hoje é só, mas vocês sabem se a inspiração bater eu volto de uma hora pra outra. Pra fechar gostaria de agradecer aos meus leitores pelo apoio, aliás, essa conquista não é só minha, tive muita gente me fortalecendo o tempo todo pra alcançar mais essa glória, aproveito também pra deixar a fotinha da minha primeira coluna (que orgulho!) com direito a apresentação.

Até a próxima

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Em provas!

novembro 30, 2011

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Contrastes de uma Mesma Arquitetura

acessibilidade nas cidades novembro 21, 2011

Ontem enquanto me divertia lendo a parte ilustrada da folha (minha preferida), me deparei com uma manchete que atraiu muito a minha atenção, e logo saberão porque, a manchete era: "Arquitetos fazem prédios, mas não sabem fazer cidades", agora meus leitores já devem até imaginar no que eu pensei não? Aliás o nome do blog já é bem sugestivo e penso que vão acertar em cheio, pois imaginei na hora a situação das cidades em relação a acessibilidade, as rampas mal feitas que mais parecem buracos das quais eu tanto falo e toda a infinidade de obstáculos do dia-a-dia.

Pois bem, rapidamente fui ler o texto da tão atrativa manchete pra conferir se em algum ponto eles tratavam dessa questão acessibilidade (Será que estavam pensando no que eu estava pensando?), mas, infelizmente não era o foco, o texto na verdade tratava do Seminário de Arquitetura que está acontecendo em São Paulo e ainda fazia uma crítica as ruas das cidades brasileiras utilizando de citações de Paul Goldberger, escritor do livro: A Relevância da Arquitetura e crítico numa revista desse meio. Talvez a questão acessibilidade até estivesse implicita no assunto da matéria, mas enfim não era o destaque, então resolvi aproveitar a deixa e trazer logo o assunto para ser discutido aqui no Vivência.

No nosso dia a dia a Brasil afora nos deparamos com cada construção belíssima, principalmente em grandes centros, é tanta estrutura detalhada, escadarias de mármore, vidros pra todo lado que tem hora que a gente fica tentando imaginar como é que foi feito tudo aquilo e é estranho pensar que num país com tantos bons arquitetos ainda carecemos de acessibilidade, principalmente nas ruas. Afinal por que deixar bonito se o belo não "enche a barriga" do cidadão? E do que adianta tanta beleza quando a acessibilidade num é lá essas coisas?

O que a gente quer, e não digo apenas cadeirantes, mas gestante idosos, pessoas que utilizam muleta...enfim todos! É poder passear pelas ruas livremente, ir tomar um sorvete sem se enroscar ou tropeçar por aí, afinal ir e vir é direito, está na nossa constituição,se bem que hoje em dia isso não quer dizer muito, mas estando descrito na lei ou não isso deveria ser óbvio. Porém, o que acontece é que vivem oferecendo caviar quando o que a sociedade realmente necessita é o bom e velho arroz com feijão, realmente muito estranho como as coisas funcionam, a estética é perfeita mas o conteúdo é realmente de entristecer.

Até a próxima!

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Imagem da Rodada

cachorro cadeira de rodas novembro 21, 2011

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De onde vem a inspiração?

inspiração novembro 15, 2011

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Popularizando

Cadeirante novembro 12, 2011

Olá!

Eita que sábado bom e surpreendente esse, aliás todo mundo sabe que eu tava quase tendo uma crise de ansiedade a espera desse dia 12, em que seria publicada a minha entrevista pra O Popular, e hoje pedi pra minha mãe ir buscar o bendito jornal. Então vamos ao que interessa!

Primeiramente me surpreendi mais uma vez, pois, num é que a minha matéria deu uma folha toda do jornal (to muito espaçosa), além de tudo tinha com direito a uma foto gigante minha ao lado e outros três na parte inferior da folha, sendo que em uma delas eu to com meu amorzinho Bruno Batista de Souza, que alías é mineiro de Poços de Caldas e por fim ta até saindo no jornal de Mogi, ve se pode esse meu namorado!

Todas as fotos tiradas pelo Thiago Melo, naquele ensaio fotográfico que eu fiz, pra quem não ta lembrado, segue o post onde eu falei mais sobre: Na minha vez de ser, aliás, as fotos foram o grande "bum" da reportagem. Outras coisas que me surpreenderam foi a publicação do meu poema "Mulher Cadeirante" no canto da folha, jamais esperaria que ele apareceria por lá e a divulgação do meu outro blog, precursor do vivência, o "Ponto de Vista", que aliás ta abandonadinho coitado.

Bom, num tem o que falar da matéria a não ser agradecer a jornalista Vanda Vedovatto que captou muito bem todas as mensagens que eu queria passar e ainda foi além, to surpresa de verdade, se bem que não era pra menos a Vanda é uma pessoa incrível de se conversar e tem uma postura de entrevistadora que confesso que fiquei até com medo de falar coisa errada. A Vanda é a típica pessoa inteligente e que sabe se impor, me senti a frente de um Jô Soares, inclusive algo que me deixou bastante abismada durante a entrevista foi o fato dela saber tudo sobre o meu blog, postagens que escrevi a anos luz, e isso facilitou muito a conversa, por fim puxava coisas que eu já nem lembrava mais que tinha escrito, foi muito bacana mesmo.

Bom no fim da entrevista outra coisa bem legal que aconteceu foi ela ter pedido pra conhecer o lugar que me inspiro pra escrever (me senti escritora de verdade nesse momento), bom o quarto tava uma bagunça eu acho, mas espero que ela pense que faz parte da minha inspiração, rsrs.

Então eu acho que eu vou ficando por aqui, ta na hora de curtir o resto do sábado, mas antes, quero dizer que o que eu mais espero de tudo isso é que através da reportagem ocorram melhorias na cidade e consiga atrair o olhar de muita gente pra questão acessibilidade, inclusive os comerciantes de Mogi, quem sabe como consequência disso acaba aparecendo uma rampinha ou outra por aí né, e até os meus tão sonhados provadores adaptados de que eu tanto reclamo e é por isso que eu ainda penso que vale a pena lutar.

Até a próxima!

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Nas páginas de jornal (De novo!)

Cadeirante novembro 10, 2011

Hoje, nessa quinta feira super calorenta e agitada com o último dia de palestras da semana acadêmica do meu adorável curso de Biomedicina com direito a festinha de encerramento e tudo, que aliás, contou com a presença de um mogimiriano talentoso e conhecídíssimo, Maestro Carlos Lima que apesar de ser meu conterrâneo só tive a oportunidade e prazer de conversar com ele hoje lá em Araras, pessoa fantástica e nada melhor do que fechar uma quinta feira ao som de músicas que eu adoro de compositores como Toquinho, Tom Jobim, Caetano e Chico Buarque, foi emocionante ouvir olhos nos olhos e folhetim (algumas das minhas prediletas) ao som do violão, mal sabia eu que o dia ainda prometia.

Ao chegar em casa, cansada daquela viagenzinha de van Araras - Mogi do meu dia-a-dia , meus pais me encontram contando que eu saí na capa do jornal Mogimiriano O Popular anunciando a matéria completa que sairá neste sábado dia 12, eu realmente não tava esperando essa prévia, mas pelo visto estão me deixando mesmo muito mal acostumada e eu to gostando da ideia.

Interessante é que fui mencionada como: "praticamente uma porta-voz dos deficientes do mundo virtual", exagerados né gente? se bem que penso que todo jornalista é um pouquinho, mas faz parte (não estou desmerecendo, não levem a mal). Outra coisa que também me deixou muito alegre nesse breve anúncio foi uma parte que fala "com apenas 20 anos", pensei "pronto!" chega de crise dona Day, você nem ta tão velha! Eles disseram "apenas". Creio que vocês devem ter percebido a minha preocupação com relação a idade na postagem anterior, bom mas não vem ao caso, vou fechar esse parenteses, que o negócio é que eu to ficando famosa, ou melhor o Vivência Sobre Rodas ta começando a se sobressair.

Sem mais brincadeirinhas vou repetir aquilo que venho martelando sempre, a umas três ou quatro postagens, dessa vez em outras palavras, aliás estou achando que peguei a mania da minha mãe de repetir as coisas. Enfim, está sendo tão gratificante isso tudo que está acontecendo, eu sei que muitos podem pensar: "Tá mas é só o jornal da sua cidade!", porém conseguir passar um pouquinho da minha mensagem e experiência pra poucas pessoas que sejam já me trás um ânimo danado.

Sei que muitas pessoas pensam que eu ensino muita coisa por aqui, mas se vocês soubessem o tanto que eu aprendo e amadureço, tem muita gente que vem comentar comigo que viu tal postagem e lembrou de tão assunto e aí me trazem tantas informações legais que me ajudam nesse amadurecimento. Semana passada mesmo foi muito gratificante ter recebido um video de uma leitora que se lembrou do meu blog, aliás, uma leitora que eu ainda nem vi pessoalmente mas que vem me acompanhando, to falando de você mesmo Li Torris, assim como muitas outras pessoas que discutem comigo assuntos de muito valor.

Na verdade eu sei que ainda tenho muita coisa pra melhorar por aqui, eu nunca tive dom de escrever, é apenas meu passatempo favorito, mas tenho notado que quando a gente aprende a se divertir com os obstáculos tudo fica bem mais fácil.

Bom, agora chega de dar uma de vó conselheira e então pra finalizar deixo a fotinha da capa do jornal. =D

Beijo e até a próxima!

E já ia me esquecendo, todo mundo comprando O Popular nesse sábado, 12 hein!

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Apagando velinhas

novembro 07, 2011

Olá!

Pois é aniversário...sempre bom né, apesar de ta fazendo VINTE, na verdade a ficha nem caiu ainda, acho que demora a acostumar, ontem mesmo eu tinha quinze, sem contar que alguns dizem que depois dos vinte voa, outros dizem que só depois dos trinta, outros preferem manter a mesma idade em quanto puder e há quem diga que a vida começa aos quarenta, enfim, tanto faz, talvez a moral está em escolher a filosofia que mais fará bem e tudo fica certo.

Anos se passam e se eu dissesse que eu sou a mesma eu estaria mentindo, eu mudei sim e gosto das mudanças, digamos que eu amadureci na minha meninisse (adoro uma antítese), eu tenho crescido a cada obstáculo e nesse sentido eu posso dizer: Que bom que a vida não é fácil! Porque se fosse, realmente não teria esse sabor de quero mais, bendito sejam os tropeços e as tempestades...E é tão bom aprender e crescer, seja sobre rodas ou não, cada um tem seu jeito, sua vida, e essa mistura toda que acaba gerando um equilíbrio, aliás, é nesse momento que eu paro pra pensar que viver não deve ser tão complexo assim e fracasso não deve passar de uma ideia fixa.

E então eu digo que hoje estou no auge, ainda não é o ápice mas é aquele momento que você é capaz de avistar a primeira curva de um longo caminho e sente sede de buscar o que tem do outro lado, aliás é sempre assim quando eu escrevo, ideia por ideia e o pensamento e ansiedade do que vai surgir no próximo parágrafo.

Engraçado que hoje pra minha surpresa eu fui reler um dos meus textos, não sei se já comentei aqui mas, reler meus próprios textos é uma coisa que eu simplesmente odeio e corro o sério risco de querer mudar tudo ou quem sabe excluir, então por isso deixo eles quetinhos, guardadinhos, nos meus blogs e nos meus arquivinhos do computador, mas hoje sei lá, deu a louca e eu peguei um texto que escrevi há algum tempo e tinha como título: "Quem somos nos?", inclusive no texto eu até tratava sobre perfis orkut (tempos bem remotos!), mas enfim, teve um trecho que eu li e percebi que apesar de ter passado por tantas mudanças ou amadurecimento (sei lá como posso chamar isso) eu ainda me identifico, aliás é aquilo que explica bem o que eu estou sentindo hoje, o trecho diz o seguinte: "Estamos no palco! Na estréia!", e era exatamente esse sentimento que eu gostaria de compartilhar com vocês.

Então vamo embora que agora o motor é 2.0!

Até a próxima!

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Em prol das vagas reservadas

Cadeirante novembro 02, 2011

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Virando Notícia!

A Comarca outubro 29, 2011

Olá queridos!

Sabe, hoje eu estou tão satisfeita de iniciar essa postagem, não que nos outros dias não estivesse, mas hoje eu sinto as coisas tomando seus devidos rumos, otimismo demais? Pode até ser, mas eu tenho certeza de que não se trata de otimismo puro, eu posso sentir a mudança, é tão bom quando você resolve buscar um objetivo e sem querer acaba por atingir algo a mais do que esperava, eu posso dizer que esses últimos tempos tem sido muito promissores pra mim e acho que o Vivência Sobre Rodas ta começando a atingir o seu real objetivo, e pra comemorar só mesmo compartilhando tudo isso com vocês que me acompanham a cada postagem, que dão força, que criticam e me fazem sentir aquele ânimo de ir em frente.

Enfim, vou parar de lero-lero e ir ao que interessa, bom, parece que aquela história de utilizar o Vivência sobre rodas para reinvidicar pelos meus direitos, principalmente nos shows que houveram na linda Mogi Mirim deu super certo e o resultado foi que eu acabei por atrair a atenção do jornal mogimiriano A Comarca.

Recapitulando, pra quem não leu os posts anteriores e pode não estar entendendo nada nesse momento, após o show do Nando Reis no dia 7 de setembro, eu fiz um pequeno "bafafá" criticando a falta de acesso aos portadores de necessidades especiais nesse tipo de evento tudo relatado nesse post: http://vivenciasobrerodas.blogspot.com/2011/09/tempo-de-reposicao.html. O negócio deu certo e chegou aos ouvidos do povo do Departamento responsável que, resolveu tomar providências, porém as providências tomadas não foram assim tão adequadas, e eis que lá fui eu fazer reclamação em mais um post: http://vivenciasobrerodas.blogspot.com/2011/10/detalhando_23.html (realmente parece que eu gosto de criar um caso), e adivinhem, novamente deu certo! Parece que eu consegui difundir a ideia e ganhar apoio de muita gente e foi com essa repercussão toda, que a jornalista do A Comarca Angela Silva me procurou pra dar a entrevista a respeito, eu realmente não esperava isso, mas aceitei na hora, o resultado foi uma adorável matéria que saiu hoje, Sábado 29 de Outubro de 2011 e que tenho o maior prazer de divulgar.

Na reportagem além de tratarem do sucesso do show do Paralamas e da minha admiração pelos caras, ainda houve um destaque a respeito do problema da área reservada pra deficientes, sem contar que ainda falaram do Vivência Sobre Rodas (divulgaram endereço e tudo!=D), da minha história e lutas sobre rodas e no finalzinho da reportagem ainda houve espaço para uma ressalva da minha inciativa de fazer o ensaio fotográfico com o Thiago Melo, melhor ainda foi que eu tive o direito de ter uma frase minha fechando a matéria: "Por que não valorizar a mulher cadeirante?

A reportagem teve ainda a ilustre presença de uma cadeirante simpaticíssima, Elis Regina, que por sinal, eu tive o imenso prazer de conhecer no show, acreditam que a danadinha conseguiu tirar foto com os Paralamas? Super gente boa, e uma hora ainda vou querer um a entrevista dela aqui no Vivência.

Bem, se eu to feliz com tudo isso? Maginaaa né, acho que feliz é pouco, não tem nada melhor do que o reconhecimento e saber que isso tudo pode contribuir pra o crescimento da sociedade de alguma forma, só tenho a agradecer e firmar ainda mais com o compromisso de seguir em frente com esse blog, trazendo mais pessoas para essa realidade.

Obrigada!

Até a próxima!

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Detalhando

outubro 23, 2011

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Feliz!!!

outubro 22, 2011

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Imagem da Rodada

outubro 21, 2011

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Em linhas tortas

outubro 19, 2011

Olá Pessoal!

Essa semana recebi um email de um amigo, que achei super legal e resolvi que eu tinha que escrever algo sobre, era artigo que falava das cabeçadas de Steve Jobs, aliás, cabeçadas essas que não impediram que ele alcançasse o triunfo e se tornasse um cara de sucesso que fosse capaz de impressionar o mundo com suas ideias , afinal será que ele teria alcançado tudo isso sem ser diferente? Será que é possível alcançar glória sem fugir do tradicionalismo? Foi aí que de repente me vi pirando nessa ideia do quanto é legal ser louco, causar e impressionar.

Na verdade, tenho certeza absoluta que o mundo não teria saído do lugar se não fossem esses loucos diferentes da maioria, acredito que nem a internet existiria se não fosse por essas pessoas denominadas estranhas, loucas ou algo do gênero.

E por mais que essa história de inovar seja legal e linda e as empresas estejam aspirando por novas ideias pra sair na frente, de repente fica tudo tão controverso, quando na realidade a sociedade insiste mesmo é em buscar o mesmo perfil, aquela pessoa simpática que sabe trabalhar em grupo, aquela modelo magérrima, ou o cara extremamente objetivo e pontual, nessas horas eu fico me perguntando aonde a gente ta indo parar e, é nesse momento que me vem a impressão de que o mundo ta virando uma industria de longa escala e que gente ta se tornando só mais um produto final sem sentido algum e logo os gênios já nem existem mais, engraçado é quando ainda se fala em liberdade de expressão eu nunca vi isso existir na prática, a realidade é que gente cresce pra se tornar o cara que vai passar no teste do RH da empresa por estar entupido de critérios que o impedem de desenvolver a criatividade.

Acho que é por isso que a cada dia mais eu tento fazer diferente e ser diferente, e cada vez o fato de ser cadeirante me importa menos, e se eu realmente consigo alcançar meu objetivo de inovar de alguma maneira, eu realmente não sei, mas eu sei que não vou deixar de tentar, afinal cada um tem seu brilho pra fazer a diferença, chega de escassez! O mundo precisa de uma dose de loucura e essa loucura que eu me refiro é a mais lúcida de todas e a que faz mais sentido também.

Até a próxima!

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Na minha vez de ser

setembro 30, 2011

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A Caminho...

setembro 25, 2011

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No espaço da onça!

setembro 25, 2011

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Tempo de Reposição

setembro 09, 2011

Olá pessoal, depois de uma tumultuada semana ( ah que novidade) a Day resolve voltar pra contar suas peripécias de feriado, aliás, super feriado!

Pois é galera, cada vez to com uma percepção de que a pacata Mogi Mirim ta ficando agitada ( pra quem boiou um pouquinho Mogi Mirim é a cidade desta moça que vos escreve), tenho certeza que muitos mogimirianos vão discordar de mim, mas eu penso que aquela história de que não tem nada pra fazer ta indo de águas a baixo. Mogi ta lotando de barzinhos e lanchonetes maravilhosas, tudo bem que, no quesito eventos culturais, a cidade ainda carece muito, mas, também estou bem otimista quanto as possíveis mudanças, ainda mais depois desse feríado, com o maravilhoso show de Nando Reis oferecido pela prefeitura (com a ajuda do povo é claro!), mas o que realmente importa é que foi muito bom, um evento que realmente valeu a pena, e já que eu adoro as músicas do cara, não ia deixar de aparecer por lá né, e também é claro que não deixaria em casa meu olho clínico detector de acessibilidade, que todos já conhecem.

Pois bem, apesar de toda maravilha do show, palco bem montado, espaço bom, achei que esqueceram muito das regras de acessibilidade. Uma coisa que me incomodou demais, foi o fato de não existir um espaço reservado pra portadores de necessidades especiais pudessem as assistir ao show com tranquilidade. Para vocês terem noção pra que eu pudesse ver o show inteiro tive que chegar mais cedo com meu namorado e ainda assim pegar um lugar meio desajeitado ao lado da caixa de som, porém onde eu poderia ter visão do que estava acontecendo. Enfim fiquei lá o tempo todo com a proteção do meu namorado pra que ninguem entrasse em minha frente e fizesse com que eu perdesse todo o espetáculo, e ainda por cima tinha a preocupação que alguém pudesse cair em cima de mim naquela multidão! Portanto, vamo combinar que isso foi tremenda falta de respeito dos organizadores, ainda mais se tratando de um evento totalmente aberto ao público, pois, apesar de todos terem o mesmo direito, os direitos devem suprir as necessidades de cada um, então porque não construir a área reservada?

Enfim, na próxima eu realmente espero que seja diferente, aliás terá que ser, enviarei o mais rapidamente essa reclamação ao poder público, mas antes eu precisava compartilhar com meus queridos leitores do blog, saibam que assim que tudo for resolvido também voltarei a notifica-los.

Bom, de resto tudo foi maravilhoso, curti pra caramba o show, Nando Reis tem uma presença de palco incrível, que realmente contagia, super indico o show dele, e de quebra ainda ganhei uma emenda de feriado, e a rotina volta só na segunda feira! Eu precisava mesmo descansar, repor, recompor e me reestruturar.

Bom Fim de Semana a Todos!

Até á próxima! Beijos.

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